Não foi o ambiente que
criou os pensamentos que se transformaram em conversa naquela noite, mas o
local os inspiraram. Não foram pensamentos vagos, e sim lembranças de
experiências vividas.
A música tem esse poder
de nos dirigir às lembranças.
E nessa noite, a música
fez muito bem feito esse papel, buscando lembranças no interior da alma e
trazendo-as para fora através das palavras. A conversa se formava entre um gole
de cerveja e outro, entre uma música e outra. Falamos sobre futebol, sobre
jogos de videogame, sobre músicas. Também, e não mais importante do que os
outros assuntos, falamos sobre antigos relacionamentos, sobre pessoas que há
algum tempo ainda faziam falta, que em um passado próximo era quase impossível
falar sobre elas. Pessoas que ficaram esquecidas no tempo.
Esquecer não é apagar
da memória, mas conseguir falar sem dor, lembrar sem sofrimento.
O riso ia e vinha, a
música acabava e logo recomeçava, uma brincadeira surgia, divertia e logo era
substituída por outra.
As pessoas não podem
ser substituídas. O resto pode.
Entre um beijo na boca
e um carinho no braço, a conversa se desenvolvia, as lembranças logo eram
esquecidas de novo, para um dia, talvez, serem relembradas. Ou não.
A noite, também, assim
como a música, tem o poder de despertar lembranças. Mas, diferente da música, a
noite geralmente promove novos pensamentos formando soluções aos problemas
passados.
A noite permite um
cenário de fantasias para que os pensamentos possam transbordar de nossas almas
e serem colocados em questionamentos. Melhor do que apenas pensar é falar,
compartilhar, dividir aquilo que hoje são lembranças.
A atenção foi inteira,
o carinho foi inteiro, o riso foi inteiro, o beijo foi inteiro.
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