Os meios de comunicação estão
presentes por toda parte. Um simples folheto de supermercado, cartazes, rádio,
televisão, enfim, todos fazem parte do nosso cotidiano e querem nos dizer
alguma coisa. A eficácia desses comunicadores depende do nível de entendimento
do público alvo, assim como da qualidade e transparência sobre aquilo que está
sendo divulgado ou anunciado.
Mas o problema está na banalização
dos meios de comunicação. Estes, que antes serviam para entretenimento,
propaganda e informação, hoje servem como meios de interesses políticos e
manipulação em massa, traçando idealismos e modos. Estão, portanto, nos dizendo
o tempo todo em quais políticos e partidos devemos votar, como devemos nos
vestir, onde devemos investir nosso dinheiro, os lugares para onde devemos
viajar nas férias, qual corte de cabelo devemos solicitar ao nosso
cabeleireiro, qual esporte devemos gostar, quais livros devemos ler. Por trás
disso tudo, estão os políticos, as empresas do ramo da moda, empresários que
trabalham agenciando viagens e divulgando turismo, banqueiros, dirigentes de
times
de futebol. E, atualmente no Brasil, dirigentes de lutas, como o M.M.A.
Com tudo isso, a televisão, principalmente,
tem sido o meio de manipulação mais completo da atualidade, porque envolve o áudio
e a imagem. A indústria da publicidade e propaganda investe pesado na qualidade
da imagem, colocando nos comerciais atores famosos, cenários criativos, imagens
bem vivas e coloridas, assim como na qualidade do áudio, complementando com músicas
viciantes, que penetram na nossa cabeça, nos fazendo sentir excluídos caso não
compremos aquilo que está sendo proposto. A televisão, também, promove
políticos, músicos, atores, modelos, enfim, promove aquele que pagar mais ou
que der mais vantagens financeiras e audiência à emissora. Depois da televisão,
vem as revistas de grande circulação, assim como os jornais das grandes
capitais ou importantes centros econômicos.
Aquilo que vemos e ouvimos acaba
se tornando verdadeiras poluições ideológicas e nos convidam a levar uma vida que
beneficia políticos e empresários, movimentando o capital em uma velocidade
benéfica a economia do país. Fiquemos, portanto, sempre atentos, para que não
nos transformemos em seres alienados.