Um namoro não deve ser encarado
como um aprisionamento.
Um namoro deve complementar a
vida de ambas as partes.
O problema é que muitas pessoas,
quando começam a namorar, se sentem donos da vida do outro. Se antes o rapaz
jogava futebol aos domingos, conversava com alguns amigos durante algum dia da semana,
e a garota fazia aulas de jazz, balé, ginástica, tinha tempo para as amigas,
não têm por que abandonarem essas atividades por causa de um namoro. São duas
vidas, duas personalidades, duas pessoas com gostos particulares. O namoro dará
a chance de compartilhar com a outra pessoa, também, vontades parecidas,
desejos iguais, gostos que serão criados a partir do hábito do casal. Se vivido
dessa forma, a chance do relacionamento dar certo é muito grande.
Outro problema é a pessoa não permitir
que o parceiro tenha contato com pessoas de sexo oposto: a garota não pode ter
amigo e o garoto não pode ter amiga. Quando qualquer conversa se torna motivo
de desconfiança. Quando uma mensagem no facebook gera uma longa briga. Quando
as senhas dos sites de relacionamentos devem ser compartilhadas. Quando as
mensagens do celular devem ser vasculhadas diariamente. Quando a pessoa se
torna prisioneira da outra. A outra pessoa já não é mais companheira, aquele
que completa a sua vida, que lhe dá motivos para sorrir, mas sim um detetive,
que quer lhe botar medo, que quer diminuir ao máximo o seu grupo de convívio,
fechar o seu mundo no dele.
Namoros assim têm prazo de
validade.
Conversar com outras pessoas não
é traição. Proibir demais é insegurança, é medo exagerado, é falta de amor
próprio.
Não existe namoro ideal. O ideal
de quem namora é respeitar o espaço particular do outro, confiar mais,
incentivar que tenha amigos e que os visite sempre, que faça ginástica, que
jogue futebol, que faça balé, que continue a sua rotina.
Quando uma pessoa está feliz
consigo, têm amigos, conversa com outras pessoas, ela consegue ser mais feliz e
fazer o seu parceiro amoroso mais feliz, pois. O namoro, portanto, cumpre o seu
papel, que é o de completar, e não de substituir.