segunda-feira, 12 de novembro de 2012

NAMORO NÃO É PRISÃO


Um namoro não deve ser encarado como um aprisionamento.

Um namoro deve complementar a vida de ambas as partes.

O problema é que muitas pessoas, quando começam a namorar, se sentem donos da vida do outro. Se antes o rapaz jogava futebol aos domingos, conversava com alguns amigos durante algum dia da semana, e a garota fazia aulas de jazz, balé, ginástica, tinha tempo para as amigas, não têm por que abandonarem essas atividades por causa de um namoro. São duas vidas, duas personalidades, duas pessoas com gostos particulares. O namoro dará a chance de compartilhar com a outra pessoa, também, vontades parecidas, desejos iguais, gostos que serão criados a partir do hábito do casal. Se vivido dessa forma, a chance do relacionamento dar certo é muito grande.

Outro problema é a pessoa não permitir que o parceiro tenha contato com pessoas de sexo oposto: a garota não pode ter amigo e o garoto não pode ter amiga. Quando qualquer conversa se torna motivo de desconfiança. Quando uma mensagem no facebook gera uma longa briga. Quando as senhas dos sites de relacionamentos devem ser compartilhadas. Quando as mensagens do celular devem ser vasculhadas diariamente. Quando a pessoa se torna prisioneira da outra. A outra pessoa já não é mais companheira, aquele que completa a sua vida, que lhe dá motivos para sorrir, mas sim um detetive, que quer lhe botar medo, que quer diminuir ao máximo o seu grupo de convívio, fechar o seu mundo no dele.  

Namoros assim têm prazo de validade.

Conversar com outras pessoas não é traição. Proibir demais é insegurança, é medo exagerado, é falta de amor próprio.

Não existe namoro ideal. O ideal de quem namora é respeitar o espaço particular do outro, confiar mais, incentivar que tenha amigos e que os visite sempre, que faça ginástica, que jogue futebol, que faça balé, que continue a sua rotina.

Quando uma pessoa está feliz consigo, têm amigos, conversa com outras pessoas, ela consegue ser mais feliz e fazer o seu parceiro amoroso mais feliz, pois. O namoro, portanto, cumpre o seu papel, que é o de completar, e não de substituir.