quarta-feira, 26 de setembro de 2012

PALAVRAS


A correria do cotidiano nos leva a vários questionamentos. Dúvidas sobre o que fazer, o que cursar na faculdade, como realizar determinado sonho, como conseguir buscar algo que deseja há muito tempo, paixões, ciúmes, vícios, namoros, enfim, tudo aquilo que faz parte de uma vida inteira, ou de uma fase, pior ainda, de um mesmo momento, são torturadoras. As dúvidas variam dependendo da idade, ou da necessidade.

Para um cursando do ensino médio, é normal as dúvidas sobre qual curso prestar na hora do vestibular, como conciliar um namoro e a falta de tempo durante a faculdade, o tempo para os amigos e as longas conversas diárias por telefone ou presencialmente, trabalhos escolares, estágios, academia, curso de línguas, entre outros fatores que englobam a vida dos estudantes, ou universitários. Para um adulto, pai ou mãe de família, a responsabilidades aumentam, e as dúvidas, normalmente, necessitam de respostas mais rápidas, como levar um filho ao médico, compras do supermercados, contas mensais, trânsito, cuidar do lar, dar atenção aos filhos, farmácia, gastos familiares, se dedicar ao marido ou esposa, viagens a trabalho, viagens de férias, entre outras dezenas de tarefas que fazem parte da rotina de uma família. Com tanta correria, parece impossível encontrar liberdade e tempo para decidir com calma sobre algum imprevisto, que são normais na vida das pessoas.

Muitas vezes, porém, as principais causas dos desesperos que atingem as pessoas não estão ligados a fatores externos, mesmo que estejam relacionados. Falo, portanto, das enfermidades da alma, das perturbações psicológicas.

As pessoas, em grande parcela, cruzam o caminho de outras não com o intuito de ajudar, mas com o propósito de atrapalhar, ser dificuldade na tarefa do próximo. Dizem palavras maldosas, querem ver o outro sempre aborrecido, nunca mais felizes que si. Pessoas que abrem a boca o tempo todo para criticar, condenar, e nunca para perdoar, dar conforto, dar atenção, prestigiar. É mais fácil dizer que odeia a dizer que ama. É mais cômodo criticar a ajudar o companheiro.

Entre os males que afetam a todos, o maior está no descontrole emocional. Como se não bastasse as dificuldades citadas anteriormente, próprias dessa vida agitada, pessoas colocam mais dificuldades para evitar que outras prosperem. Aquelas que recebem insultos constantes, ofensas diárias, vindas de pessoas que querem atrapalhar ou simplesmente tomar conta da vida alheia, muitas vezes ficam abaladas, deprimidas.

Assim como as palavras machucam, elas também têm o poder de confortar. Ao invés de sempre criticar, agredir ou ofender ao próximo, as pessoas têm o poder, também, de incentivar, apoiar, confortar, impulsionar a vida de muitas outras pessoas, através das palavras.

As palavras sim, como muitos dizem, são mágicas.

Critique menos, atrapalhe menos. Faça mais, ame mais.