Seriedade é bom,
mas até certo ponto. Pessoa séria demais é densa, é pesada, é desagradável. Não
se deve confundir seriedade com eficiência.
O
bom jogador é aquele que brinca com a bola.
O
bom surfista é aquele que brinca com a onda.
O
bom músico é aquele que brinca com o instrumento.
O
bom cantor é aquele que brinca com a letra.
O
bom poeta é aquele que brinca com as palavras.
O
bom namorado é aquele que brinca com a namorada.
O
bom amigo é aquele que, em um momento de tristeza, brinca com o outro para
fazê-lo rir.
A
pessoa que não gera o riso também não gera felicidade. Basta a seriedade que o
trabalho nos exige. Basta a seriedade que nos é exigida pelas obrigações da
vida. Bastam os momentos em que somos forçados a sermos sérios.
A
seriedade do cotidiano por si só, como o nome propõe, já é séria. Não precisamos
acentuar tal rigidez nos momentos em que podemos brincar, rir, transmitir
felicidade.
Como
a água da chuva lava a poluição do ar, o telhado das casas, o lixo das ruas, a
brincadeira também lava a alma.
Mais
do que uma sugestão, brincar é uma obrigação, pode ser a salvação de um
relacionamento. A brincadeira se renova com os momentos que se renovam, com os
assuntos que se renovam, com os passeios que se renovam.
Com
as brincadeiras, até as brigas se renovam. Briga que cansa é a mesma briga de
sempre. Ciúmes que cansa são os mesmo ciúmes de sempre. Ciúmes e brigas que não
se cristalizaram e viraram brincadeiras fortalecem ainda mais um
relacionamento.
Com
as brincadeiras, até o amor se renova.
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