sexta-feira, 8 de novembro de 2013

SER SÉRIO BRINCANDO

Seriedade é bom, mas até certo ponto. Pessoa séria demais é densa, é pesada, é desagradável. Não se deve confundir seriedade com eficiência.

O bom jogador é aquele que brinca com a bola.

O bom surfista é aquele que brinca com a onda.

O bom músico é aquele que brinca com o instrumento.

O bom cantor é aquele que brinca com a letra.

O bom poeta é aquele que brinca com as palavras.

O bom namorado é aquele que brinca com a namorada.

O bom amigo é aquele que, em um momento de tristeza, brinca com o outro para fazê-lo rir.

A pessoa que não gera o riso também não gera felicidade. Basta a seriedade que o trabalho nos exige. Basta a seriedade que nos é exigida pelas obrigações da vida. Bastam os momentos em que somos forçados a sermos sérios.

A seriedade do cotidiano por si só, como o nome propõe, já é séria. Não precisamos acentuar tal rigidez nos momentos em que podemos brincar, rir, transmitir felicidade.

Como a água da chuva lava a poluição do ar, o telhado das casas, o lixo das ruas, a brincadeira também lava a alma.

Mais do que uma sugestão, brincar é uma obrigação, pode ser a salvação de um relacionamento. A brincadeira se renova com os momentos que se renovam, com os assuntos que se renovam, com os passeios que se renovam.

Com as brincadeiras, até as brigas se renovam. Briga que cansa é a mesma briga de sempre. Ciúmes que cansa são os mesmo ciúmes de sempre. Ciúmes e brigas que não se cristalizaram e viraram brincadeiras fortalecem ainda mais um relacionamento.

Com as brincadeiras, até o amor se renova.




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