terça-feira, 8 de janeiro de 2013

ACEITAÇÃO E SUPERAÇÃO

Superar não é esquecer. Superar é aceitar aquilo que aconteceu e seguir.

Ninguém consegue esquecer os traumas. Todo trauma da infância é carregado durante a vida toda, querendo ou não. Ninguém quer, vamos concordar. Mas a vida nem sempre acontece como queremos.

A morte que não respeita a lei natural dentro de uma família talvez seja um dos piores traumas que existem. A mãe e o pai que perde um filho, o avô e a avó que perde um neto, o tio e a tia que perde um sobrinho, enfim, a morte que vem precocemente aos mais novos, e não primeiramente aos mais velhos, como seria o mais aceitável. Fatalidade ou não, é difícil lidar com morte. Depois, talvez, as separações. Membros de uma mesma família que brigam e se distanciam e casais que se separam são dois exemplos. São infinidades de acontecimentos ao longo da vida que podem nos desanimar.

Não existe morte que pode ser esquecida. Não existe separação que pode ser esquecida. Todas são traumas. Existem, porém, meios de aceitar aquilo que aconteceu e impedir longas tristezas ao longo da caminhada terrena.

Não há sofrimento que não possa ser superado.

Ninguém é totalmente autossuficiente, que não precise de ajuda, que possa resolver tudo sozinho. Procurar ajuda não é vergonha, seja ela espiritual, seja na literatura, seja na religião.
Chorar e cultivar a dor não quer dizer que a pessoa se importa. Muitos não choram mas sofrem por dentro. Sofrimento não é regra.

Deixar que a tristeza sufoque ou não é pessoal, faz parte da motivação diária. Nem todo tipo de ajuda é eficaz, mas cabe a cada um escolher aquela que gera melhor resultado. Achar que deve sofrer e ficar desmotivado a viver para o resto da vida é um egoísmo sem tamanho.

Esquecendo ou não os traumas, o sofrimento não pode ser duradouro e sufocante. Uma vida infeliz não merece ser vivida.

A dor não deve ser eterna. 

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